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   Data: 15/01/2010

Solidariedade pernambucana aos haitianos

Comitê criado ontem por entidades como Cremepe, PM, Exército e Igreja Católica vai arrecadar donativos e enviá-los à devastada nação caribenha

O Recife se mobilizou para ajudar o povo do Haiti. Entidades governamentais e da sociedade civil reuniram-se na manhã de ontem, na sede do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), e criaram um esquema para que a população pudesse doar comida, água e roupas para as vítimas do terremoto que assolou o país.

A partir da manhã de hoje, segundo o Comitê de Solidariedade ao Haiti, as doações já podem ser feitas em vários postos espalhados pela cidade, localizados na sede de entidades civis, órgãos públicos e até em barracas do Exército instaladas na rua. Em um dos postos, o Quartel da Polícia Militar do Derby, é possível entregar os mantimentos 24 horas por dia (leia quadro com todos os locais e horários).

“Nossa intensão é oferecer à população a logística para se solidarizar com os irmãos do Haiti”, afirmou o presidente do Cremepe, André Longo, que idealizou a iniciativa. De acordo com ele, serão recebidas doações de alimentos não perecíveis, água mineral (galões de cinco litros) e roupas.

Igreja Católica, Forças Aérea Brasileira (FAB), Polícia Militar, Prefeitura do Recife, Ordem dos Advogados do Brasil, entre outros órgãos, fazem parte do comitê criado de última hora para atuar nos próximos 15 dias. Representantes das entidades montaram o esquema na frente dos jornalistas, cada um oferecendo o que podia: transporte, espaço para armazenamento, verba para o projeto ou divulgação. Novos meios de ajudar os afetados pela catástrofe devem ser disponibilizados nos próximos dias.

O nome da campanha é Ajude o Haiti e o porta-voz escolhido é o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido. “A população está acompanhando pela televisão o desafio do Haiti. É um dos países mais pobres do mundo. O seu povo está nas ruas, sem ter para onde ir, sem ter o que comer. Temos de ter solidariedade nessa hora, independente da fé de cada um”, disse Dom Fernando, que também lamentou a perda da amiga Zilda Arns na tragédia. “A ela, que dedicou sua vida aos pobres, Deus deu a graça de morrer junto deles. É uma semente que vai motivar e construir.”

O transporte dos mantimentos arrecadados para o Haiti será feita por meio de aviões da FAB. De acordo com o major Sérgio Peres, do setor de logística do Exército, também serão disponibilizados caminhões para recolher as doações nos postos. Ele afirmou que, como muitos militares pernambucanos voltaram no ano passado do Haiti, há grande sentimento de solidariedade entre eles. “Entre o pessoal que participou da força de paz, a percepção é que o país havia melhorado bastante nos últimos tempos, estava iniciando desenvolvimento, estavam sendo construídas estradas. Na hora que começou a melhorar, aconteceu essa tragédia”, disse.



Governo do Estado enviará bombeiros

Um grupo especializado em resgate e salvamento do Corpo de Bombeiros de Pernambuco se juntará às equipes que estão atuando no Haiti para ajudar as vítimas do terremoto que destruiu o país. Os 25 bombeiros escolhidos para a missão fazem parte do Grupamento de Salvamento e Ações Táticas (GBSat) e do Grupamento de Atendimento Pré-hospitalar. Como o objetivo principal da viagem é resgatar dos escombros vítimas ainda com vida, a equipe tem pressa. O comandante do Corpo de Bombeiros de Pernambuco, coronel Carlos Eduardo Casagrande, acredita que o grupo embarcará para o Haiti no fim de semana.

A participação dos bombeiros de Pernambuco nos trabalhos de resgate foi negociada ontem com o governador Eduardo Campos, que determinou a liberação da equipe, atendendo uma solicitação do presidente Luís Inácio Lula da Silva. Além de treinamento específico, todos os bombeiros escolhidos precisam estar vacinados contra a febre amarela. Os oficiais e praças serão comandados pelo tenente-coronel Almir Rocha, responsável pelo GBSat.

Os bombeiros pernambucanos estão aguardando apenas a disponibilidade de vaga para embarcarem em um dos aviões da Força Aérea Brasileira. “Estamos esperando a sinalização do governo federal, por meio da Aeronáutica, para enviarmos a equipe. Eles levarão também equipamentos para ajudar no socorro das vítimas”, explicou o coronel Casagrande.


Fonte: Jornal do Commercio



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