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   Data: 19/01/2010

TRE anula parte de concurso público

O concurso do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco, realizado domingo, foi parcialmente anulado. Ontem, após reunião entre representantes do tribunal e da Fundação Conesul de Desenvolvimento (Conesul), empresa contratada para organizar o certame, o presidente do TRE, desembargador Roberto Ferreira Lins, cancelou a prova para o cargo de analista judiciário com especialidade em análise de sistemas, que oferece 4 das 16 vagas previstas para a seleção. A decisão afeta 1.987 inscritos, que terão que refazer o exame, em data ainda indefinida. A Conesul vai divulgar edital informando as novas regras.

Segundo o presidente do TRE, a anulação de parte do concurso aconteceu graças à comprovação de denúncias de irregularidades em dois locais de prova. “A Conesul reconheceu os incidentes no Colégio Boa Viagem e na Faculdade Boa Viagem (na Zona Sul do Recife)”, afirmou. Até a tarde de ontem, o tribunal havia recebido 19 reclamações pela internet. “Isso é muito pouco perto dos mais de 85 mil inscritos.”

O número de denúncias promete crescer nos próximos dias. Ontem, o engenheiro florestal Ronaldo Passos, 52 anos, que fez prova para técnico judiciário na área administrativa, na Escola Poeta Manuel Bandeira, na Ilha do Leite, área central, foi um dos muitos a entrar com uma representação no Ministério Público Federal (MPF). No documento, ele denunciou que houve atraso na abertura dos portões e que um celular tocou no meio da prova e nenhum fiscal fez nada. “Vamos tratar de qualquer outra denúncia que surgir com a mesma presteza que tivemos nesse incidente”, afirmou o presidente da comissão organizadora do concurso, Marco Antônio Capella.

Apesar das denúncias em vários locais de provas, o gerente de concurso da Conesul, Nelson Guarda, só admitiu “falta de organização” em dois deles. Ainda segundo ele, a validade da ata, assinada pela gerente de concurso da Conesul, Sabrina Sbardeloto, que garantia ressarcimento a todos os candidatos prejudicados pelo cancelamento, será analisada pela empresa em Porto Alegre (RS).

Sobre o vídeo veiculado pelo JC Online, enviado por um candidato que fez o concurso na Faculdade Boa Viagem, ele explicou que o que se vê nas imagens não é a violação dos pacotes de prova. “Na verdade, é um grupo de fiscais, na sala da coordenação, abrindo pacotes azuis, que contêm apenas materiais da coordenação do concurso, tais como listas, setas e atas de ocorrência”, disse. A versão, no entanto, é contestada por concurseiros que estavam no local. No vídeo, é possível escutar uma candidata falando ao telefone. “Eu tô aqui na fila esperando pra marcar a prova.”

Os candidatos interessados em denunciar irregularidades no concurso podem recorrer ao MPF ou ao TRE. As representações podem ser feitas pessoalmente e pela internet. Para acionar o MPF, os denunciantes devem levar todos os documentos que possam comprovar o ato ilegal, das 12h30 às 18h30, à sede da Procuradoria da República em Pernambuco, situada na Avenida Agamenon Magalhães, 1800, Espinheiro, Zona Norte do Recife. O site do órgão, www.prpe.mpf.gov.br, aceita denúncias no link “Acione o MPF.” O telefone para tirar dúvidas é 2125-7300.

No TRE, situado na mesma avenida, nas Graças, Zona Norte, deve-se procurar o departamento de protocolo, no térreo, para formalizar a denúncia, das 13h às 19h. Pelo endereço eletrônico, www.tre-pe.gov.br, o candidato deve acessar o link “Fale conosco” e selecionar o assunto “Concurso 2009”. Para tirar dúvidas, ligar para 4009-9248.


Fonte: Jornal do Commercio



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